Autor/a: Erasmo de Roterdão
Edição: Março de 1945
Editor/a: Edições Cosmos
Págs.: 224
"O Elogio da Loucura, a mais popular e viva de todas as suas obras satíricas, é um panfleto risonho contra o que ele tinha como os males da humanidade- a superstição, o fanatismo, a ignorância, a violência do mundo e do poderio, a falsa e grotesca ciência. Escrito no começo do século XVI, é o golpe de misericórdia assestado nas velhas idéias, nos velhos conceitos, no mundo que se desmoronava, abalado pelo vento do Renascimento."
A Minha Opinião
Erasmo dedica esta obra ao seu grande amigo Tomas More. Um discurso um pouco longo é certo, mas com o objectivo de criticar a sociedade da época. O que é a vida? Uma loucura, claro. O texto é-nos apresentado como se fosse a própria deusa (a Loucura) a discursar, onde nos dá as razões pelas quais deve ser venerada.
A loucura segundo o autor é um ingrediente importante para a nossa felicidade, um ignorante é feliz...um louco é feliz...
Na minha opinião Erasmo escolhe a loucura para criticar, como o bobo na corte que no meio de "diabrices" critica a sociedade sem ser penalizado, todos acham graça, e fala-se a verdade a brincar. Critica-se os costumes, a religião, critica-se a vida...
Deixo-vos alguns excertos...
"...por mais prudente que possa ser, se quiser procurar os prazeres do mundo, é a mim, e só a mim, que terá de recorrer."
"Na realidade, que é a vida? se lhe tirardes os prazeres? Merece então, o nome de vida?"
"Na realidade, uma criança que fosse tão prudente como um homem já feito, não seria detestada por todos, não seria em toda a parte tida como monstro?"
" ...só a loucura retarda o curso rápido da juventude, e afasta de nós a velhice importuna."
"...a fortuna prefere os loucos, os atrevidos e os temerários(...) A sabedoria torna os homens tímidos."
"...aquele que ama com ardor, já não vive em si, vive no objecto que ama; e quanto mais se afasta de si próprio para se ligar a esse objecto, mais sente aumentar a sua alegria e a sua felicidade. (...)...quanto mais perfeito é o amor, maior é a loucura, e mais completa a felicidade."