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sábado, 29 de janeiro de 2011

Causas da Decadência dos povos Peninsulares




Título:  Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos
Autor:  Antero de Quental
Editor/a: Padrões Culturais
Págs:  56
Edição: 2010


Sinopse

"No casino de Lisboa, onde este discurso foi proferido em 1871, Antero de Quental analisava o que levara à estagnação e decadência de Portugal e Espanha a partir do séc. XVI, querendo daí tirar ilações para um futuro diferente. Se hoje o autor pudesse voltar a discorrer sobre o tema, o título da sua conferência seria o mesmo com uma ligeira diferença: Causas da Decadência de Portugal nos últimos 4 séculos e meio, pois 139 anos passaram desde então e, pelos menos em Portugal, continuamos a sentir que nem os nossos representantes têm força mobilizadora, séria e construtiva para reerguer o país nem o povo tem vontade de mudar a sua mentalidade fatalista, deixar de encolher os ombros e construir um Portugal ao nível das suas reais potencialidades. Este texto, mais de que um documento histórico, pode e deve actuar como um despertar de consciências e uma intimação à mudança."



A minha opinião


No ínicio do livro o Autor descreve as consequências dos erros cometidos por Portugal e Espanha, mais tarde apresenta-nos esses mesmos erros.
De grandes navegadores e " senhores da Europa" a povos sem qualquer poder e insignificantes perante os outros povos.
Depois da época das descobertas, verificamos uma ausência de progresso, desde a arte à literatura.
A decadência é presente na Política, na Economia, na Indústria e até nos costumes. Perderam-se colónias...
Surge a nova moda...da imitação.
Um livro muito bom, um discurso que nos leva a pensar na nossa sociedade actual.
Em tempos de crise, o que devemos fazer?
Produzir é a resposta, mas será que é o que o nosso povo quer?
Será que é isso que pretende?
Um discurso que se pode adaptar aos nossos dias.

" Uma fábrica, uma oficina, uma exploração agrícola ou mineira, são coisas impróprias da nossa fidalguia."


Excertos

" Quanto à verdade humana, ao sentimento popular e nacional, ninguém se preocupava com isso. A invenção e originalidade, nessa época deplorável, concentra-se toda na descrição cinicamente galhofeira das misérias, das intrigas, dos expedientes da vida ordinária."

"Essa morte moral não invadira só o sentimento, a imaginação, o gosto: invadira também, invadira sobretudo a inteligência."

"Governava-se então pela nobreza e para a nobreza."

" O que realmente somos; nulos, graças à monarquia, acostumado o povo a servir, habituando-o à inércia de quem espera tudo de cima, obliterou o sentimento instintivo da liberdade, quebrou a energia das vontades, adormecem a iniciativa; quando mais tarde lhes deram a liberdade, não a compreendem; ainda hoje a não compreende, nem sabe usar dela."

" Não se fabrica, não se cria: basta o ouro do Oriente para pagar a indústria dos outros, enriquecendo-os, instigando-os ao trabalho produtivo, e ficando nós cada vez mais pobres, com as mãos cheias de tesouros."






Fontes: Wook

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